Equipe integrante da 43ª edição do PROANTAR. Foto: divulgação.

Mais uma vez o Instituto Aqualie embarca no Navio Polar “Almirante Maximiano” da Marinha do Brasil rumo ao continente Antártico, participando pela oitava vez do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Criado em 12 de janeiro de 1982, este programa está em sua 43ª edição e, desde seu estabelecimento, defende os interesses nacionais, desenvolve importantes pesquisas no continente Antártico e dá suporte à Estação Antártica Comandante Ferraz.

Com bastante experiência nessas expedições, quem representa o Aqualie no projeto é o professor e pesquisador Artur Andriolo da Universidade Federal de Juiz de Fora, que também já esteve no continente branco colaborando com o Programa Antártico Britânico (BAS). Desta vez, Artur integrará o grupo de pesquisas de animais vertebrados chamado IMPACTANT da Universidade Federal do Rio Grande e se concentrará nas pesquisas acústicas, bem como no levantamento e monitoramento da diversidade de cetáceos.

Iceberg. Foto: arquivo pessoal.

Baleia jubarte. Foto: arquivo pessoal.

A bordo do navio o grupo implementará metodologias para estimar o tamanho dos grupos avistados e da população, registros fotográficos dos encontros com os animais vão auxiliar na identificação das espécies que irão compor um banco de imagens para a fotoidentificação dos indivíduos. Além disso, o grupo de estudo fará a coleta de dados acústicos nas estações oceanográficas e outras oportunidades que se apresentem. Artur explica que quando as condições do mar estão favoráveis, outra parte importante da pesquisa se desenvolve a bordo dos botes infláveis de onde é possível biopsiar, fotografar e registrar as vocalizações dos animais que vivem à baixo da linha d´água.

Artur e equipe de pesquisadores instalando equipamento para coletas acústicas. Foto: divulgação.

Para o Instituto Aqualie, participar em mais uma edição do PROANTAR é uma excelente oportunidade de compor junto à comunidade científica nacional e internacional as constantes pesquisas sobre como as mudanças globais são percebidas e interferem na dinâmica do continente congelado e, consequentemente, em todo o planeta. Também é fundamental manter o monitoramento da diversidade de cetáceos da região agregando aos esforços já conduzidos o monitoramento acústico passivo, trazendo assim ainda mais informações sobre as espécies e populações.

Placas de gelo no verão antártico. Foto arquivo pessoal.