Uma das características marcantes dos trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Aqualie é, certamente, a adoção de tecnologias e metodologias inovadoras buscando aprimorar tanto a aquisição quanto a qualidade dos dados ambientais coletados.

Incorporada ao LA.Bio (Laboratório de Análises Bioacústicas, Espaciais e Comportamentais) a impressora 3D Creality K1 Max é nossa mais nova aliada no trabalho pela conservação dos oceanos, baleias e golfinhos.
A impressão 3d cria peças tridimensionais à partir de um modelo digital e já se estabeleceu como uma ferramenta extremamente versátil revolucionando setores como a indústria, a medicina, a arte e a conservação ambiental.
Hoje é possível imprimir desde componentes para naves espaciais, esqueletos de corais usados para recuperar ambientes degradados até tecidos humanos vivos para testes de medicamentos e cosméticos.

Mais inovação e menos resíduo.

O engenheiro mecânico, responsável por desenvolver os novos modelos, João Marcos Junqueira explica que “essa tecnologia permite prototipar soluções de forma rápida, e acelerar o ciclo de desenvolvimento de produtos e ferramentas de pesquisa com mais eficiência e menos desperdício de materiais.” Ela ainda aponta que “a facilidade ao acesso de equipamentos de impressão 3d por instituições de pesquisa e ensino, somados aos novos materiais que fazem reuso de matéria prima e reaproveitamento de materiais vegetais descartados podem reinventar a forma com que criamos de desenvolvemos produtos, revolucionando a base produtiva da humanidade.”

Impressora 3D e educação ambiental.

Como toda ferramenta versátil as impressoras 3D têm vasta aplicação nos trabalhos de educação ambiental e sensibilização do público para a conservação dos ambientes naturais. É possível modelar ecossistemas inteiros, inserindo ou removendo elementos simulando assim estágios de degradação ambiental e visualizando seus impactos.

Estudantes têm mais autonomia para colocar em prática projetos e iniciativas que solucionem questões locais como construção de abrigos para pássaros, estações de alimentação para a fauna, estruturas suporte para plantas e corais. Com modelos táteis podemos aproximar pessoas com deficiência e aprofundar seus conhecimentos sobre relevo, ecossistemas, anatomia das plantas e animais tornando o ensino ainda mais inclusivo!

Diversidade de materiais.

Outro aspecto importante sobre a impressão 3D é a diversidade de materiais empregados na confecção dos modelos e a constante inovação nos compósitos. Uma infinidade de mídias já está disponível no mercado e estudos que buscam desenvolver materiais sustentáveis estão a todo vapor como os de PET reciclado e inserção de casca de cacau para aumentar a resistência mecânica dos polímeros.

Pesquisadores do departamento de Física e do Centro de Ciências da UFJF construíram um equipamento que fileta garrafas PET e funde o filamento para ser usado nas impressões 3D. Fizemos testes com essa mídia em nosso laboratório e os resultados foram satisfatórios!

Seja desenvolvendo modelos e equipamentos personalizados para a pesquisa ou como aliada na educação ambiental, a impressão 3D é mais uma protagonista nos projetos do Instituto Aqualie.