A toninha é um golfinho relativamente pequeno que ocorre em águas costeiras do Brasil, Uruguai e Argentina. Esta espécie distribui-se desde o estado do Espírito Santo no Brasil até o norte da Patagônia na Argentina. Esse golfinho é considerado um dos animais mais ameaçados de extinção no Atlântico Sul. A principal causa para o declínio populacional é a mortalidade acidental em redes de pesca. Além disso, existem outros fatores que impactam essa espécie como poluição, tráfego de embarcações e outras alterações do seu hábitat. Essa condição levou a espécie ser considerada “Vulnerável” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e “Criticamente em Perigo” pelo governo Brasileiro (Decreto No. 444 de 17/12/2014). Além disso, a Comissão Internacional da Baleia (IWC) recentemente recomendou a criação de um plano de conservação internacional para a toninha.

Em uma recente reunião para atualização do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Toninha discutiu-se as prioridades e as estratégias para a redução dos impactos provocados pelas atividades humanos sobre a espécie. Nesse momento, o grupo reunido, aprovou a proposta de criação de uma data comemorativa para divulgar a espécie e a importância das ações para conservação. Ficou definido o dia 1 de outubro como a data oficial para comemorar o Dia Nacional da Toninha.

A finalidade de se destacar a espécie através de um dia nacional comemorativo é de congregar um esforço para que a sociedade brasileira e internacional conheça melhor esse animal que é considerado um dos cetáceos mais ameaçados do mundo e quais são os problemas para sua sobrevivência.

Nesse sentido, várias instituições nacionais e internacionais se unem atuando, de diversas maneiras, para promover o conhecimento e a conservação da toninha. O Instituto Aqualie se junta nesse esforço colaborativo através da promoção de pesquisas com a espécie, além de atuação política, de gestão e educativas contribuindo para que a sociedade seja esclarecida sobre os problemas ambientais e possa contribuir para o estabelecimento de uma relação mais equilibrada entre os interesses do desenvolvimento e a conservação da natureza.